23 de jun. de 2008

Nascimento

Uma Rosa para o Roque e para o Sofia!

Uma Rosa para o Roque…


Chegou com o nascer do Sol. 7 horas e 3 minutos. 3, 530 Kilogramas. Noutras paragens como em Constância – onde a mãe, quase de colo ainda, deixou-se fotografar, abraçada a Luís Vaz – ou em Estremoz, que ele um dia saberá quanto eu gosto – preparavam-se para celebrar o Solstício.




Ele, o Roque, resolveu fazê-lo sozinho, celebrando com a sua chegada, a chegada auspiciosa da Luz, como me dizia hoje o amigo Fanhais, num abraço telefónico.






Poucas horas depois, inquieto pelo leitinho que tardava, agarrou-me um dedo com um tal vigor, e aquele ser frágil e delicado olhou-me com o seu olhazinho de acabado de nascer, como se me quisesse transmitir a sua necessidade, a sua vontade imensa, infinita de ser alimentado, como se me quisesse dizer: - meu velho, eu, como tu, também quero almejar o absoluto.










Depois eu fiz o que tinha a fazer, insisti junto da equipa médica para ele poder ser convenientemente alimentado e, ao fim da tarde, quando voltei, já dormia sereno depois de saborear o leite materno.













Hoje levei rosas para o Roque. Para o Roque e para a Sofia. Roubei rosas para eles e entrei de rompante com duas rosas, quando já não se podia entrar.. .Para o Roque e para a Sofia.
Dei-lhes a minha flor preferida. Rosas vermelhas. As rosas do Amor. Como as rosas que sempre dei a quem dou o meu Amor pleno, total, avassalador. Eu sei que é um Amor diferente, mas … hoje dei rosas ao Roque e à Sofia.
As rosas do Solstício.
As rosas da Luz.






















Eras o primeiro dia inteiro e puro
Banhando os horizontes de louvor.
Eras o espírito a falar em cada linha,
Eras a madrugada em flor
Eras a brisa marinha.
Eras uma vela bebendo o vento dos espaços,
Eras o gesto luminoso de dois braços
Abertos sem limite.
Eras a pureza e a força do mar,
Eras o conhecimento pelo amor.


Sophia

8 de jun. de 2008

Abelhas e flores de Montemaior



Depois de uma perca que parecia irreperável consegui recuperar as imagens daquele belo passeio do dia 10 de Maio - Passeio Campestre em Montemaior. Sou tão desastrado... as minhas mãos decididamente não foram feitas para manejar máquinas... pouco mais que o teclado, a caneta... mas sobretudo acariciar o olhar...



De facto foi um dia memorável. Fiquei muito contente, sobretudo quando estávamo-nos a aproximar do Monte do Senhor Isidro e vi a Nina chegar de carro, para almoçar connosco. O Mestre José Salgueiro esteve no seu pleno, e tu , Tu também, Amigo Alex, deixa-me dizer-to. Soubeste entregar-te plenamente às tuas abelhinhas, à Mãe Natureza, ao convívio com os Amigos, não obstante os momentos difíceis que tens enfrentado com a maior dignidade. Eu senti alguma tristeza de não estarem lá amigos que tinham estado no ano anterior, nomeadamente os meus pais, que me disseram pesarosos, que gostavam muito de ir mas já não aguentavam a caminhada… mas fiquei contente pelas muitas caras novas, por exemplo aqueles teus amigos que conheci o ano passado na “Feira da Luz”, alguns dos outros amigos que inscrevi: o meu irmão Carlos, o Aulin (romeno da Transilvânia), os meus amigos Ana e Jorge Souto, que vieram de S. Tirso e ficaram maravilhados com o Alentejo, a Ana Paula Proença e o marido, com quem troquei impressões sobre a poesia luso-árabe, ou a Orquídea Branco, de Aveiro, que veio com toda a família e que me ofereceu um livro fruto da sua arte gastronómica “Alquimia das Ervas”. Valeu a pena, Amigo Alex, ter ido um dia à noite à tua casa, com a minha filha hospitalizada, ficarmos a trabalhar até às tantas, a planear este passeio, e depois no outro dia ir, a “correr” ter com o Mestre Salgueiro para lhe fazer o convite e voltar directamente para o hospital… valeu a pena.

Transcrevo, excepto a parte final, o comentário que enviei para o blog do Amigo Alex Pirata, que sugiro uma visita - abelhinhasdemontemor.blogspot.com



























































































































































































































































































Valeu a pena pelo silêncio da terra, pela pacto secreto com o S. Pedro para que a chuva torrencial da véspera ão voltasse - e não choveu senão ligeiramente quando estavamos debaixo de telha, no autocarro, valeu a pena pelos ensinamentos dos mestres Alex e Salgueiro, pela amizade e confraternização, pelas imagens, pelo cansaço sereno, pela bela Quinta da Amoreira da Torre- é linda, o bom vinho, e pelas rosas do seu jardim - a minha flor preferida



Valeu a pena Amigos



O Alentejo espera por vós