Depois de um longo ano for do V/ convívio, regressamos, de novo em Sines, no melhor festival de música do mundo, o FMM. Antes da reportagem, que se segue, aqui vos deixamos um texto publicado na Revista Memória Alentejana, nº 41, acabada de sair.
FESTIVAL
MÚSICAS DO MUNDO SINES 2019
Encontra-se
completo o programa de concertos da 21.ª edição do FMM Sines - Festival Músicas
do Mundo, que se realiza de 18 a 27 de julho de 2019.
Conforme
a nota de imprensa, o festival entre 1999 e 2018 recebeu cerca de 1 milhão e 200 mil
espectadores. Realizaram-se 589 concertos, em que atuaram mais de 3200 músicos,
oriundos de mais de 100 países e regiões.
Vencedor
do prémio de melhor grande festival nacional nos Iberian Festival Awards 2019,
além dos prémios de festival português com melhor programa cultural e de
festival ibérico que melhor promove o turismo, o FMM Sines apresenta-se como
uma experiência de descoberta e diálogo intercultural através da música.
Este
ano, estão programados 51 concertos de 31 países, distribuídos por 10 dias de
música: os primeiros três na aldeia de Porto Covo (18, 19 e 20 de julho) e os
restantes sete na cidade de Sines (21 a 27 de julho).
Em
2019, o festival sob o lema é "música com espírito de aventura" levam
os espectadores a viajar com músicos e músicas da África do Sul, Alemanha,
Angola, Argélia, Arménia, Bélgica, Brasil, Burundi, Cabo Verde, Colômbia,
Coreia do Sul, Costa do Marfim, Espanha, EUA, Finlândia, França, Gâmbia, Gana,
Índia, Jamaica, Líbano, Malásia, Marrocos, Moçambique, Nigéria, Palestina,
Portugal, Reino Unido, Síria, Togo e Tunísia. Burundi e Malásia são estreias no
festival.
A
21.ª edição do festival será também marcada pela afirmação da criatividade
feminina, com destaque para as artistas africanas da Gâmbia, Costa do Marfim, de
Cabo Verde grupo e da Coreia do Sul.
As
músicas da Europa e dos EUA programadas têm em comum a abertura a outras
culturas.
De
França, chegam três grupos com ligações à música das três margens do
Mediterrâneo; a Londres multicultural traz também uma delegação de peso;
As
duas bandas alemãs programadas são outro exemplo de uma Europa acolhedora; de
Nova Iorque, a metrópole cosmopolita por excelência, vêm ao festival duas
orquestras com matriz no afrobeat.
O
lado mais multicultural da capital portuguesa também estará presente, através
de três exemplos do novo "som de Lisboa", que recupera a ligação
africana: Dino D'Santiago, Branko e Batida apresenta: IKOQWE.
Trazem
música do Brasil ao FMM Sines. Ainda da América do Sul, recebemos um grupos
ponta-de-lança da nueva cumbia colombiana, Frente Cumbiero.
Promovem
regressos às origens: ao som clássico de Lomé, no caso de Vaudou Game; e ao
highlife do Gana, no caso do grupo Santrofi. Para o nigeriano Keziah Jones,
África é indissociável da grande música afro-americana, dos blues ao funk.
Entre
a Europa, a Ásia e África, o Levante tem um libanês - a banda de blues-rock The
Wanton Bishops - e dois palestinos, Le Trio Joubran e Zenobia.
Da
Índia, o festival recebe música ainda próxima ao folclore, para quem as raízes
no sul do país são apenas uma das matérias-primas de muitas viagens e experimentações.
A
música folk, sempre presente no alinhamento do festival, com as bandas
portuguesas Ronda da Madrugada, Gaiteiros de Lisboa e Tranglomango e os galegos
Davide Salvado e Banda das Crechas.
O
jazz com componente vocal, tem na belga Melanie di Biasio a grande figura desta
edição do FMM.
Também
da Bélgica, embora com raízes portuguesas e cabo-verdianas, estreia-se em Sines
a revelação Blu Samu, artista entre a soul, o jazz, o funk e o rap.
A
juntar ao novo som afro de Lisboa e à folk, o retrato da diversidade da música
feita em Portugal completa-se com a experiência de música e dança Ethno
Portugal, o grupo de pop-rock alentejano Virgem Suta e o projeto Montanhas
Azuis, que junta três artistas de personalidade artística vincada - Marco
Franco, Norberto Lobo e Bruno Pernadas.
Para
além dos muitos concertos, a 21.ª edição do FMM Sines - Festival Músicas Mundo
oferece um programa de iniciativas paralelas, com animação de rua e dos palcos,
exposições, ateliês e espetáculos para crianças, encontros com artistas do
festival, oficinas de música, visitas guiadas, feira do livro e do disco,
encontros com escritores, ciclo de cinema e sessões de contos.
Rute Gonçalves
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