.. e depois encontrei uma personagem do meu livro, o músico António Ferro, acompanhante de Luís Cília... era uma tertúlia poética improvisada onde estava com o amigo cantador Domingos Breyener e o poeta diseur César Salvado ... e este quis apresentar-me uma amiga, amante de jazz, a Otília, companheira do António, que, de repente se reviu no livro que eu acabara de oferetar... ela africana de Angola, contou-me com orgulho ser filha de um alentejano de Castro Verde... e com eles estavam o Paleka, antigo músico do Sérgio Godinho e a sua companheira, a Guida cantora de jazz e pintora... foi numa noite de luar com conheci estes simpáticos amigos....
... e num dia solar ensolarado telefonou-me o amigo poeta de Campo Maior, Hugo Santos, e convidando-me para a entrega do Prémio Cidade de Almada a ... si próprio, 15 anos depois de ter sido já vencedor, o poeta amigo, avô do António Urbano, o bébe lindo que ilumina, com sua mãe, os dias do Mestre amigo Urbano...
... foi nesse dia, domingo solar em que, peito aberto aceitei o desafio do mar, quando me senti de repente arrastado dentro de uma corrente, sem nada perceberem os surfistas próximos, afinal era o único nadador... e por alguns segundos, minutos?... senti-me a caminhar para dentro do mar, vi-me menino no meu início de mim... de mão dada com uma menina... menina irmã gémea, irmã de sangue, minha alma e... depois aceitei o desafio e, no meu cavalo de vento, lutei pleno, desafiante da imensidão do mar, lutei poderoso em cada gesto e lentamente, muito lentamente comecei a vencer a corrente e ... já muito perto dos rochedos deixei-me planar nas rebentações fortes e... num ápice estava na praia... exausto mas... sorridente, sorridente para os banhistas que só se arriscavam na areia, ignotos da estranha magia acontecida, e os surfistas, , indolentes, jovens aborrecidos enfastiados da monotonia dos dias vazios nos seus fatos e pranchas sofisticados... e caminhei de cabeça erguida no desafio de mim próprio, leve como o vento e... uma gaivota passou e sorriu... seguia com olhar e... foi veloz, veloz para o mar ... onde vi sorrisos... logo não acreditei... mas eram para mim, feiticeiras vindas dos confins do mar sorriam para mim... e... continuei a caminhar, cabeça erguida, quase levitando no areal, no caminho da Verdade olhando de frente o Sol, o irmão Sol... mas ele também me sorria... então em extase enfeitiçado compreendi que soubera vencer o impossível... mas nada é impossível... soubera, frágil e poderoso, porque crente na justeza do caminho... conquistar o respeito da suprema mãe-natureza, enfeitiçado de luar ... irmão Sol, irmã lua...
O céu e a lua cheia
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu
E a lua cheia
Que prateia os cabelos do meu bem
Que olha o mar beijando a areia
E uma estrelinha solta no céu
Que cai no mar
Que abraça a areia
Que mostra o céu e a lua cheia
Um beijo meu
... e num dia solar ensolarado telefonou-me o amigo poeta de Campo Maior, Hugo Santos, e convidando-me para a entrega do Prémio Cidade de Almada a ... si próprio, 15 anos depois de ter sido já vencedor, o poeta amigo, avô do António Urbano, o bébe lindo que ilumina, com sua mãe, os dias do Mestre amigo Urbano...
... foi nesse dia, domingo solar em que, peito aberto aceitei o desafio do mar, quando me senti de repente arrastado dentro de uma corrente, sem nada perceberem os surfistas próximos, afinal era o único nadador... e por alguns segundos, minutos?... senti-me a caminhar para dentro do mar, vi-me menino no meu início de mim... de mão dada com uma menina... menina irmã gémea, irmã de sangue, minha alma e... depois aceitei o desafio e, no meu cavalo de vento, lutei pleno, desafiante da imensidão do mar, lutei poderoso em cada gesto e lentamente, muito lentamente comecei a vencer a corrente e ... já muito perto dos rochedos deixei-me planar nas rebentações fortes e... num ápice estava na praia... exausto mas... sorridente, sorridente para os banhistas que só se arriscavam na areia, ignotos da estranha magia acontecida, e os surfistas, , indolentes, jovens aborrecidos enfastiados da monotonia dos dias vazios nos seus fatos e pranchas sofisticados... e caminhei de cabeça erguida no desafio de mim próprio, leve como o vento e... uma gaivota passou e sorriu... seguia com olhar e... foi veloz, veloz para o mar ... onde vi sorrisos... logo não acreditei... mas eram para mim, feiticeiras vindas dos confins do mar sorriam para mim... e... continuei a caminhar, cabeça erguida, quase levitando no areal, no caminho da Verdade olhando de frente o Sol, o irmão Sol... mas ele também me sorria... então em extase enfeitiçado compreendi que soubera vencer o impossível... mas nada é impossível... soubera, frágil e poderoso, porque crente na justeza do caminho... conquistar o respeito da suprema mãe-natureza, enfeitiçado de luar ... irmão Sol, irmã lua...
O mar azul e branco e as luzidias
pedras
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal, espuma e concha regressada
À praia inicial da minha vida